quinta-feira, 18 de junho de 2009

ESTRELA BRASILEIRA SEM PATROCÍNIOS


Tininha a caminho de vencer a etapa brasileira do WQS feminino em 2008.Foto.ASP

Diana Cristina, uma das melhores surfistas brasileiras da nova geração, tem vivido tempos difíceis desde que ficou sem patrocínios, eis a razão da ausência desta grande esperança do surf mundial nos eventos do circuito mundial de qualificação feminino.
O sorriso contido é uma das características desta índia paraibana, que foi para o Rio de Janeiro em busca de sucesso no surf. Bicampeã do Circuito de Surfe Feminino do Brasil e primeira vencedora da história de uma etapa do WQS no Arpoador em 2008, considerado o berço do desporto no Brasil, Diana Cristina, Tininha, é considerada uma das maiores revelações das praias brasileiras.

O currículo, por si só, deveria garantir uma série de interessados em patrociná-la, mas não tem sido bem assim. Sem um patrocinador desde o final do ano passado, a surfista tem tido problemas para se manter activa.

Tininha, que veio da Tribo Potiguara, na Paraíba, para o Rio com os pais em 2007, procura um novo patrocínio há seis meses. Entre as competições nacionais, ela viaja pelo país à procura de marcas interessadas em apoiar a sua carreira.

Actualmente, a surfista recebe apenas a ajuda dos pais que, sem condições para continuarem no Rio, voltaram para a Paraíba, e do Governo de seu estado natal. Em breve, começará a receber também a Bolsa Atleta através de um programa do Ministério do Desporto que beneficia os desportistas de alto rendimento. Além disso, tem o apoio de Thiago Cunha, shaper carioca que faz suas pranchas. Mas ainda é pouco para o seu talento e objectivos.

Tininha comentou que: “Eu gasto cerca de R$ 3 mil entre passagens e hospedagens nas competições, se forem só as nacionais. Acho que é problema dessa crise. Antes de atingir o Brasil, o pessoal ajudava, mas hoje isso não acontece. É uma coisa que está atingindo a todas no circuito. Das 16 que participam, acho que apenas cinco estão com patrocínio. No masculino, é diferente. O que a gente vê é que todos estão com patrocínio.”

Apesar da ajuda que recebe do Governo da Paraíba, Tininha acredita que o surf ainda não tem a visibilidade e o respeito que merece no país, comentando que :“Acho que o governo brasileiro não acredita no surfe. Eles olham e logo pensam “Ih, é surfista, não quer nada da vida”. Tem um certo preconceito.”

A falta de verbas tem prejudicado sobretudo a carreira internacional de Tininha, pois sem dinheiro não pode participar nos WQS o que atrapalha a evolução do seu surf e a progressão da sua carreira.

Fonte: Globo Esporte

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